terça-feira, 11 de agosto de 2009

Narração.

Proposta de texto.

As aparências enganam.

Olhos fundos. Verdes como o mar. Vermelho da paixão. Com eles me fitava, naquela noite inocente de outono. Não sabia bem o seu nome, mas sabia o motivo daquela viajem.
Trouxe mais um copo de whisky- Obrigada! - E direcionei meus pensamentos aquela figura patética que se debruçava oferecendo-me um gole.
De repente, me vi envolvida e logo aceitei sua proposta.

– Vamos, vamos o céu está lindo!
E sob as estrelas puntiformes, lançou-me um olhar. Ah! Aqueles olhos verdes como o mar. Não reagi.
Ofereceu-me mais um gole. Aceitei. Senti um leve toque nos cabelos. Estremeci. Como criança desejava ter aquele brinquedo.
Foi quando, deslocando seu músculo para chegar mais perto, sua voz mudou de timbre. – Quero dizer-te uma coisa, mas mantenha em segredo.
Não respondi. Meu olhar dizia mais que mil palavras. - O grande momento. - Pensei!
Estava tão só. Aquele rapaz que conheci apenas dois dias já enlouquecia meu corpo de reações químicas. – Meu bem- Dizia ele. - Tão sereno seu olhar. Tão enigmática a sua boca. Já me és tão especial, que é impossível não ter...
Nem acreditei quando ouvi. Eram simples as palavras, mas bastava para me entregar a seus braços.
Não esperei que terminasse a frase. Logo apertei sua mão. Olho-me com diferença. Não me importei, já estava sentindo o pulsar do coração dizendo. Prossiga.
Sua alma entrelaçava a minha. Molhou os lábios. Baixou a cabeça e sorriu. Sabia que queria dizer mais alguma coisa e com ansiedade aguardava. Fechei os olhos, a fim de obter uma sensação mais caliente.
Senti bem perto o pulsar do coração junto ao meu. E num piscar de olhos levantou-se, ajoelho em minha frente e suspirou.
-Como é bom estar apaixonado- Apenas sorri como de costume. –Sinto vontade de abraçar, beijar, tela em meus braços. Chegou junto ao meu ouvido, fechei os olhos novamente:
-Qual o nome da sua amiga mesmo?!

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